Eu não
estava preparada para esta despedida!
E como nos
preparamos para dizer adeus a uma amiga?
Como se
separar de uma criatura tão amorosa?
E se esta
criatura amorosa conviveu com você durante toda a vida dela, mais de 11 anos?
Ela é a
Sissi, que está comigo nesta foto. Minha gata amada, minha sombra, meu grude,
minha querida.
Ela se
foi, fechou os olhinhos. Ou melhor, apenas ficou invisível, porque eu penso que
um gato nunca morre. Sempre nos lembramos deles, cada um deles. Eles se vão,
mas o amor permanece.
Aliás, no
meu dicionário, amor é o significado de gato. Amor que se renova todos os dias
que se convive com um deles.
Eu já tive
vários. De todos os tipos, machos,
fêmeas, de raça, sem raça, mas todos eles eram amor. Só amor!
A Sissi
ficou mais tempo comigo. Exatamente 11 anos e 5 meses. E todo este tempo ela me
ensinou, me mostrou a alegria da simplicidade, a elegância dos gestos, o
agradecimento pela vida.
O tempo
passou muito depressa.... 11 anos!
Nem me
lembro como eu era antes dela chegar.
Sei como
estou agora que ela se foi. Estou triste,
muito triste.
Mas,
prometi que não iria lamentar só agradecer.
Agradecer todo o tempo que tivemos de convivência, agradecer todas as
alegrias que ela me deu, agradecer até a oportunidade de estar com ela no final.
Ela vinha
se despedindo de mim, devagarzinho, bem como um gato faz. Primeiro ela não quis
mais colo, depois não quis mais comer e por fim, quando ela procurou um lugar
para se esconder, eu soube que o fim estava próximo.
Então, com
todo o amor que é possível, eu a envolvi num abraço longo e cheio de
beijos, palavras de carinho e despedida,
e ela se foi. No meu colo como um anjo.
Mais uma
lápide, mais uma saudade, mais uma história, mais uma lembrança.
Para
sempre.
Estou
triste, muito triste.